O que é a Leishmaniose?
A leishmaniose visceral canina é uma doença grave causada por parasitas do gênero Leishmania, transmitidos pela picada de mosquitos conhecidos como flebotomíneos (popularmente chamados de “mosquito-palha”). A doença não afeta apenas cães, mas também seres humanos, sendo considerada uma zoonose. Nos cães, ela é especialmente perigosa porque os sintomas podem demorar a aparecer, e o animal pode atuar como um reservatório da doença, contribuindo para a disseminação.
Como ocorre a transmissão?
O mosquito-palha se infecta ao picar um animal ou humano contaminado e, posteriormente, transmite o parasita ao picar outro cão ou pessoa. A transmissão direta entre cães ou de cães para humanos não ocorre; é sempre mediada pelo mosquito.
O ambiente também desempenha um papel importante. Locais com alta umidade e temperaturas mais elevadas favorecem a proliferação dos mosquitos-palha, o que torna as regiões tropicais mais suscetíveis à doença.
Sintomas
Os sintomas da leishmaniose em cães variam, mas os sinais mais comuns incluem:
- Perda de peso progressiva, mesmo com apetite mantido
- Lesões cutâneas, como queda de pelo, feridas que não cicatrizam, e pele escamosa
- Crescimento anormal das unhas
- Apatia, cansaço fácil e fraqueza
- Anemia
- Febre
- Problemas oculares, como conjuntivite
- Insuficiência renal nos estágios mais avançados
Estes sintomas podem se desenvolver de forma lenta, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. No entanto, quanto antes a leishmaniose for diagnosticada, maior a chance de controlar a doença.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da leishmaniose pode ser feito por exames laboratoriais, como sorologia, exames de sangue e biópsia de tecidos. O tratamento é longo e visa controlar a doença, pois, até o momento, não existe cura definitiva.
O tratamento geralmente inclui o uso de medicamentos específicos, como antimoniato de meglumina e alopurinol, que ajudam a controlar a multiplicação do parasita e melhorar a qualidade de vida do cão. No entanto, os cuidados precisam ser contínuos, com exames regulares e, em alguns casos, a administração de medicamentos por toda a vida.
Prevenção da Leishmaniose
A prevenção da leishmaniose canina é fundamental, e algumas medidas são essenciais:
- Uso de coleiras repelentes: Coleiras impregnadas com substâncias que repelem o mosquito-palha, como a deltametrina, são eficazes na proteção do cão.
- Vacinação: Existem vacinas no mercado que ajudam a reduzir o risco de infecção, mas elas não garantem proteção total. Portanto, devem ser usadas em conjunto com outras medidas preventivas.
- Uso de repelentes tópicos: Aplicar repelentes específicos para cães também pode ser eficaz.
- Controle ambiental: Manter o ambiente limpo, evitar acúmulo de lixo e material orgânico, e reduzir a umidade em áreas onde os cães vivem são medidas importantes para afastar os mosquitos.
- Manter o cão dentro de casa ao anoitecer e ao amanhecer, que são os horários de maior atividade do mosquito-palha.
Você sabia?
- Cães como sentinelas: Os cães são considerados “sentinelas” da leishmaniose, pois podem mostrar sinais de infecção antes de os humanos serem afetados. O controle da leishmaniose em cães é fundamental para evitar que a doença se espalhe para humanos.
- A Leishmaniose está associada a áreas urbanas e rurais: Embora antes estivesse mais restrita a regiões rurais, a leishmaniose hoje é comum em áreas urbanas e suburbanas, devido ao crescimento desordenado das cidades, que aumenta a presença de mosquitos-palha.
Dicas de Cuidados
- Mantenha as consultas veterinárias regulares para o diagnóstico precoce de leishmaniose e outras doenças.
- Siga todas as orientações veterinárias para o uso de coleiras repelentes, vacinas e medicamentos preventivos.
- Fique atento a mudanças no comportamento do seu cão, como apatia, perda de peso ou problemas de pele.
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